Espermatógenese

Como ocorre a espermatogénese nos testículos?

Na puberdade, ao mesmo tempo que vão surgindo no rapaz os caracteres sexuais secundários, inicia-se, nos testículos, a espermatogénese, processo que consiste na formação de espermatozoides (gâmetas masculinos), e que vai decorrer, ininterruptamente, ao longo da vida do homem.

Junto à parede de cada tubo seminífero existem células designadas por espermatogonias (diploides) que se dividem continuamente por mitose-fase de multiplicação.

Algumas das células-filhas transformam-se em espermatócitos I, após sofrerem síntese proteica e a duplicação do material genético, preparando-se para entrar em meiose -fase de crescimento.

Quando cada uma destas células termina a meiose I, formam-se duas células haploides denominadas espermatócitos l, que irão sofrer a segunda divisão da meiose, originando quatro espermatídios: células haploides com 23 cromossomas (um cromossoma de cada par dos 23 pares de homólogos presentes numa célula diploide humana) - fase de maturação.

Os espermatídios sofrem, então, uma série de alterações de diferenciação (ou espermiogénese) - até se transformar em espermatozoides, células muito diferenciadas e altamente especializadas na fecundação de um gâmeta feminino.

Durante esta etapa, o espermatídio:

-Perde grande parte do citoplasma;

-Reagrupa o complexo de Golgi, formando o acrossoma (que contém enzimas hidrolíticas), que se dispõe no topo da cabeça do espermatozoide, onde se encontra também o núcleo com o material genético;

-Desenvolve, a partir dos centríolos, um flagelo que se liga à cabeça por um segmento intermédio rico em mitocôndrias (com capacidade para produzir ATP suficiente para deslocação dos espermatozoides).

A fagocitose do citoplasma residual dos espermatídios é realizada pelas células de Sertoli.

Quando os espermatozoides ficam completamente formados, deslocam-se para o epidídimo, onde permanecem de 18 horas a vários dias, completando a sua maturação. Como estas células apenas mantêm a sua capacidade para fecundar o gâmeta feminino durante poucos dias (cerca de seis), o esperma será reabsorvido pelo organismo se não ocorrer ejaculação, dando espaço para a formação de novo esperma.

Durante a ejaculação, a contração dos músculos da parede dos ductos empurra o esperma do epidídimo para os canais deferentes, para o ducto ejaculatório (canal que faz a transição do canal deferente para a uretra) e para a uretra. Também os músculos da base do pénis se contraem para permitirem a saída do sémen. Nesta ocasião, o esfíncter, que se encontra entre a uretra e a bexiga, fecha e impede o fluxo simultâneo de urina. 

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